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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Primeiras vezes

Era minha primeira vez em uma universidade. Foi a primeira vez que eu saí da minha zona de conforto, conheci pessoas novas, comecei a morar sozinha em um lugar diferente. E eu tava morrendo de medo. Medo de não aguentar ficar longe de casa, da família, do namorado, dos cachorros, das velhas e boas amizades. Medo das pessoas não gostarem de mim. Medo de nunca conseguir fazer bons amigos.

E não foi fácil. Na verdade, ainda não é. Eu realmente sinto falta de tudo isso que eu disse. Por outro lado, acabou que eu conheci pessoas legais, e fiz amigos que me fazem muito bem e me garantem boas risadas. Mas lá no fundo, sinto falta dos amigos de sempre. Até mesmo da escola que eu pedi tanto pra acabar logo. Eu cresci com aquelas pessoas, eu já não tinha vergonha de quase nada com elas, e agora parece que voltei à estaca zero.
Mas aos pouquinhos, a gente vai conquistando o nosso espaço, vai gostando da experiência, vai sorrindo, às vezes vai chorando, mas vai. Não desiste. Quando a gente quer muito uma coisa, a gente passa por cima disso tudo. Quando a gente ama o que faz, não importa nada disso, no final vai valer a pena. É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas.”

Por: Monike Ribeiro